Fala da Especialista com a Dra. Priscilla Moury, Enfermeira Obstetra: ‘Parto Humanizado em sua realidade’

“A gestação é um momento único na vida da mulher e do bebê, que durante nove meses está em constante crescimento e transformação dentro do útero materno. Existem muitas dúvidas sobre a melhor via de parto e cada vez mais vem se falando sobre parto humanizado. Quando pergunto sobre o tema, as primeiras respostas que escuto são: “parto humanizado é o parto na agua, na banheira ou em casa”. Muitas dúvidas surgem sobre o assunto e, é importante frisar que parto humanizado não é um tipo de parto e, sim, uma conduta, conduta essa, baseada em três pilares: protagonismo da mulher, evidências científicas e aspectos: sociais, culturais, biológicos e emocionais.

Dessa forma, parto humanizado pode ser parto vaginal (via baixa) ou uma cesariana (via alta), por exemplo. Como o próprio nome sugere, é um parto humano, com uma assistência respeitosa à mãe e ao bebê, sem abrir mão da segurança de ambos e se baseando em evidências científicas. Todo esse processo ocorre não apenas no momento do parto e sim desde o pré-natal até o momento do puerpério. 

A mulher é a protagonista do processo; ela tem opção de fazer suas escolhas, guiando seu momento e cabe àequipe médica e multiprofissional atuar quando necessário, ou seja, quando há alteração no quadro clínico do binômio mãe e filho. Acolhimento, apoio emocional,liberdade de posição, exercícios de respiração, aromaterapia, musicoterapia, analgesia de parto, métodos de alívio da dor, alimentação durante todo o processo, exercícios facilitadores, contato pele a pele, clampeamentodo cordão umbilical e banho morno são exemplos de ações que a genitora tem o direito de escolha.

É importante que a mulher tenha uma rede de apoiopara suporte em todo o processo e venha estudando e alinhando seus desejos, como também que a mesmarealize seu plano de parto e acorde suas escolhas com a equipe que irá prestar assistência. Um parto planejado e com confiança na equipe tem como resultado menos intervenções desnecessárias, diminuição da ansiedade e estresse, diminuição de casos de violência obstétrica e quadros de depressão pós parto, como também, maior vínculo do binômio mãe e filho”

Foto divulgação.

Dra. Priscilla Moury
Enfermeira Obstetra

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